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A Civilização Greco-Romana: Avanços e Contradições
É notável
observar que, apesar de nossa civilização greco-romana contar com
aproximadamente 3.000 anos de história e ser altamente avançada no campo
tecnológico, ainda apresenta grandes deficiências em termos de moral, ética e
conduta voltada para o bem. Os indivíduos que compõem essa sociedade enfrentam
dificuldades em viver bem, sendo perceptível, no ambiente mental do planeta, um
clima de incerteza, desesperança, tristeza e vazio diante da vida.
A Busca pela Felicidade, alegria e o Castelo de Cartas
Os seres humanos
buscam incessantemente a felicidade, construindo uma espécie de castelo de
cartas alicerçado por boa situação financeira, saúde, uma família harmoniosa,
bens, viagens e divertimentos. No entanto, mesmo aqueles que conseguem
conquistar tudo o que uma vida material pode oferecer, não se sentem plenamente
satisfeitos diante da existência. Sentem um vazio e, por incrível que pareça,
são acometidos de depressão. Surge, então, a pergunta: são verdadeiramente
felizes?
O Estoicismo e a Busca pelo Sentido
Pensadores como
Zenão, Epicteto, Marco Aurélio e outros estoicos defendiam que o propósito da
vida é viver em harmonia com a natureza e com a razão universal,
concentrando-se apenas no que está sob nosso controle: nossos pensamentos e
ações. Sempre tive grande admiração por esses filósofos e, embora reconhecesse
a profundidade de suas ideias, percebia que faltava um ensinamento prático
sobre como alcançar essas verdades. Ao longo dos séculos, essa ausência de
orientação impediu o progresso individual e coletivo da humanidade. Haja tristeza.
O que sempre
faltou foi um guia que apontasse as causas dos problemas, já que, ao descobrir
as causas, podemos eliminar os efeitos negativos.
O Encontro com González Pecotche
O que me atraiu
em González Pecotche, pensador do século XX. Quais mistérios ele desvendou?
Senti que era um Mestre, um verdadeiro Guia, capaz de ensinar, mas deixando
claro que cabia a mim trilhar o caminho. Ele mostrou que, sem insuflar
vida espiritual no castelo de cartas, não há solidez nessa realização e a existência humana se torna instável e
vazia. Para ele, começar tendo a Alegria como objetivo de vida — e ensinar isso
às crianças — é fundamental.
Alegria como Caminho e Combate aos Males Internos
Buscar a Alegria
significa, necessariamente, combater tudo o que gera tristeza, depressão e os
males internos que habitam a mente humana. Os ensinamentos de González Pecotche
propõem uma nova forma de viver baseada no autoconhecimento, orientada por sua sabedoria.
Era preciso voltar o olhar para dentro, criar virtudes, estudar a si mesmo, atitude
negligenciada nos últimos quatro milênios.
O processo começa
pela mente e seus pensamentos, passa pela sensibilidade e cultivo de sentimentos de bondade, ternura, afabilidade, generosidade, gratidão, amor e
aprofunda-se no conhecimento do próprio espírito, entendido como uma partícula
divina que anima a vida e, portanto, atua na vida física também. Existe vasta bibliografia em Logosofia que aborda esse aspecto, inclusive o mundo metafísico.
Superação dos Defeitos e Expansão da Consciência
Ao combatermos o mal em nós mesmos — irritabilidade, orgulho, egoísmo, cobiça, rancor, intolerância, ódio, vingança e outros —, ampliamos nossa capacidade mental e adquirimos uma visão mais abrangente da vida e de nossa existência no universo. Surge, então, um vigor interno que nos permite experimentar a vida de maneira inédita e profunda.
O que antes era
difícil para a mente compreender ou solucionar, torna-se mais simples no
caminho proposto, facilitando a resolução das dificuldades e conduzindo a um
mundo melhor e superior.
Alegria, Descoberta e Virtudes
Essa nova forma
de viver gera Alegria, que cresce à medida que cultivamos tudo o que a produz
em nós. Os conhecimentos de González Pecotche são fonte de alegria, pois toda
descoberta traz satisfação e todo conhecimento superior amplia a sensação de
existência. A realização do autoconhecimento, tão buscada por Sócrates há cerca
de 3.000 anos, finalmente se efetiva.
Virtudes como
concórdia, paz e bondade começam a florescer, e sua soma beneficia a
humanidade, conforme propôs González Pecotche em 1930: divulgar esses valores
para o bem coletivo.
A Prova Pessoal e a Superação do Medo
A maior
descoberta, em minha visão, é a possibilidade de comprovar essas verdades por
meio da própria experiência, sem intermediários e sem a necessidade de
acreditar em terceiros, nem em González Pecotche. Com isso, nossa consciência se fortalece e, ao nos
tornarmos melhores, nos aproximamos do Criador.
Finalizando, ao
eliminar o temor da nossa vida e da existência e substituí-lo pela coragem e
pela alegria, rompemos limitações e experimentamos o verdadeiro prazer de
viver, livres do temor da morte, do futuro e de qualquer outra coisa. Viva a liberdade!
Tudo consiste em dar conteúdo a vida.
Paulo Roberto
Pinheiro de Menezes
